sábado, 2 de maio de 2009

O homem é uma máquina


"O homem é uma máquina, mas uma máquina muito singular. Pois, se as circunstâncias se prestarem a isso, e se bem dirigida, essa máquina poderá saber que é uma máquina. E se der-se conta disso plenamente, ela poderá encontrar os meios para deixar de ser máquina.


Antes de tudo, o homem deve saber que ele não é um, mas múltiplo. Não tem um Eu único, permanente e imutável. Muda continuamente. Num momento é uma pessoa, no momento seguinte outra, pouco depois uma terceira e sempre assim, quase indefinidamente.


O que cria no homem a ilusão da própria unidade ou da própria integralidade é, por um lado, a sensação que ele tem de seu corpo físico; por outro, seu nome, que em geral não muda e, por último, certo número de hábitos mecânicos implantados nele pela educação ou adquiridos por imitação. Tendo sempre as mesmas sensações físicas, ouvindo sempre ser chamado pelo mesmo nome e, encontrando em si hábitos e inclinações que sempre conheceu, imagina permanecer o mesmo.


Na realidade não existe unidade no homem, não existe um centro único de comando, nem um “Eu”, ou ego, permanente.


Cada pensamento, cada sentimento, cada sensação, cada desejo, cada “eu gosto” ou “eu não gosto”, é um “eu”. Esses “eus” não estão ligados entre si, nem coordenados de modo algum. Cada um deles depende das mudanças de circunstâncias exteriores e das mudanças de impressões.


Tal “eu” desencadeia mecanicamente toda uma série de outros “eus”. Alguns andam sempre em companhia de outros. Não existe aí, porém, nem ordem nem sistema.


Alguns grupos de “eus” têm vínculos naturais entre si. Falaremos desses grupos mais adiante. Por enquanto, devemos tratar de compreender que as ligações de certos grupos de “eus” constituem-se unicamente de associações acidentais, recordações fortuitas ou semelhanças complementares imaginárias.


Cada um desses “eus” não representa, em dado momento, mais que uma ínfima parte de nossas funções, porém cada um deles crê representar o todo. Quando o homem diz “eu”, tem-se a impressão de que fala de si em sua totalidade, mas, na realidade, mesmo quando crê que isso é assim, é só um pensamento passageiro, um humor passageiro ou um desejo passageiro. Uma hora mais tarde, pode tê-lo esquecido completamente e expressar, com a mesma convicção, opinião, ponto de vista ou interesses opostos. O pior é que o homem não se lembra disso. Na maioria dos casos, dá crédito ao último “eu” que falou, enquanto este permanece, ou seja, enquanto um novo “eu” – às vezes sem conexão alguma com o precedente – ainda não tenha expressado com mais força sua opinião ou seu desejo."


P. D. OUSPENSKY




sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Ser humilde e renunciar ao ego.

Olá. Om seja!

Compartilho com os meus companheiros de blog, esse lindo texto retirado da internet. Que todos possam ter profundas reflexões. Participem com comentários.


"Muitos querem o Caminho do Despertar. Muitos querem ser importantes e avançados. Mas devo dizer a todos que o Caminho do Dharma nunca poderá ser percorrido buscando-se essas coisas, tendo esse tipo de pretensão.

O Caminho é percorrido sendo humilde, SEM BUSCAR avançar, SEM buscar fama, glória, SEM querer ser bem visto ou aplaudido.

O Caminho do Dharma é o Caminho da humildade, da simplicidade e da insignificância. Deves buscar unicamente ser insignificante. Somente deves te sentir insignificante. Só assim podemos percorrer o Caminho do Dharma.

Saber viver o dia simplesmente. Simplesmente viver. Viver sem vaidades. Viver sem ostentações, sem buscar fama, sem buscar glória, sem buscar aplauso, sem querer ser glorificado. Viver o Dharma é viver com simplicidade, com bondade, com humildade, ter compaixão, viver sem buscar recompensa.

O despertar vem quando sejamos humildes, simples, sem vaidade de nenhum tipo, sem intenções ocultas de ser considerado avançado ou admirado.

Isso é tema de simplicidade, de viver uma vida simples, sem vaidade, sem buscar recompensas de prazeres e admiração.

No passado, as pessoas buscavam cargos, títulos, posição, graus, poderes, mando, domínio. Isso tudo é parte da obscuridade; isso é caminhar pela senda do prazer e da vaidade; isso só leva ao abismo da ignorância e da obscuridade.

O Caminho do Dharma é humildade, simplicidade, compaixão, santidade. Quem quer o Caminho do Dharma deve ser simples, amável, compassivo, bondoso, santo e humilde.

Não existe outra forma. Não existe outro Caminho. Devemos percorrer o caminho da insignificância. Devemos ser insignificantes diante do mundo e diante das pessoas. Se queremos despertar devemos ser insignificantes, de pouco valor, de nenhum prazer.

O caminho do Dharma é o Caminho da renúncia, da insignificância, da insignificância, da insignificância.........

Tu deves ser uma pessoa insignificante, uma pessoa pequena, sem nenhum valor, sem nenhuma vaidade, sem nenhum prazer.

Isso é RENUNCIAR, RENUNCIAR, RENUNCIAR....

Não deves te interessar em obter nenhum poder, nenhuma faculdade, nenhum grau, nenhum título. Só deves ser santo, santo, santo. Humilde, místico e santo. Humilde, místico e santo. E fazer a vontade da Loja Branca.

Nossa felicidade consiste em tornar a nossa conduta perfeita, fazer a vontade da Loja Branca.

Nossa felicidade está em ser santos, santos, santos, humildes, humildes, místicos, obedientes. Recolhidos em nosso Ser, absorvidos em nossa Consciência, sem vaidade, sem ostentação, sem buscar recompensa.

Lar perfeito, casal perfeito. Sem brigas, sem discussões, sem ressentimentos, sem gritos. O despertar surge nos trabalhos mais simples da vida.

O despertar aparece nos momentos mais humildes, simples e insignificantes da vida.

O DESPERTAR DE NOSSA ALMA OU NOSSA CONSCIÊNCIA SOMENTE CHEGARÁ QUANDO SEJAMOS INSIGNIFICANTES, SEM VALOR, SEM RECOMPENSAS.

Observe o mundo. Observe a teu redor. Observe quem está do teu lado. Olhe bem. Uns são vaidosos por seu intelecto, sua sabedoria ou sua esposa. Outros são vaidosos por sua profissão, sua casa, seu dinheiro. Outros, pela sua saúde. Tudo é vaidade. Assim nunca entraremos no Caminho do Dharma que é pura SIMPLICIDADE, PURA HUMILDADE, PURA INSIGNIFICÂNCIA.

Enamora-te da idéia de ser insignificante porque ninguém quer ser insignificante. Por isso mesmo ninguém entra no Caminho do Dharma. Todos querem ser algo na vida. Mas, devemos buscar ser insignificante. Jamais buscar recompensa.

Quando somos insignificantes, o SER cresce, a humildade cresce, e a vaidade, com seus 2 mil egos, morre. "

domingo, 3 de agosto de 2008

CRER OU NÃO CRER, EIS A QUESTÃO

"Certo dia eu conheci um homem.

Ele a todos sorria e falava sempre com alegria.

Era agradável e afável, simpático e amigo.

Porém um dia emiti uma opinião acerca de algo que discordava da opinião dele.

Era algo tolo, assim como o melhor modelo de carro, o melhor time de futebol ou ainda qual seria a melhor hora para encerrar o expediente de um botequim.

Porém isso foi o bastante para que ele me fulminasse com o olhar e usasse de palavras duras e grosseiras para defender suas idéias.

Bom, assim meio que acabrunhado pedi desculpas e disse que muito pouco sabia daquelas coisas e que minha opinião nada valia.

Logo aquele assunto acabou por encerrar-se num silêncio abafado e mudo.

Certo dia eu conheci um homem.

Em nosso primeiro encontro ele falou-me entusiasmado de suas crenças.

Falou-me de sua fé e seu credo.

Seu tom de voz era tão vibrante que me pus a observá-lo e pensei: “Esse homem realmente parece que sabe o que quer”.

Os dias se passaram e por muitas e muitas vezes voltei a estar com este homem e assim pude conhecê-lo melhor.

Porém chamou-me a atenção que toda sua crença desmoronava quando o assunto era sexo.

Ah, para ele todas as coisas eram sagradas, menos isso!

Todas as mulheres eram objetos para seu uso pessoal.

Quando o assunto era mulher, tudo era permitido: a pornografia, a obscenidade, o desrespeito, a vaidade e o desprezo por todas as mulheres que havia tido eram algo comum em seu discurso.

E assim, aos poucos, minha boca parou de lhe dirigir a palavra e meus ouvidos cessaram de lhe dar atenção.

Certo dia eu conheci um homem.

Ele era sublime, perfeito, nobre e bondoso em tudo que dizia e escrevia.

Falava-nos de seus sonhos e planos sagrados.

Suas palavras eram guias de homens e mulheres.

Suas mãos pareciam santas e seus menores desejos eram impossíveis de serem negados.

Porém chamou-me a atenção que suas ações não corroboravam o que ele dizia.

Ele falava em doçura e era áspero.

Falava em bondade e era duro de coração.

Falava em santidade e castidade e, no entanto, manipulava e seduzia em segredo.

E assim o que era lúcido e cristalino tornou-se opaco e embaçado.

Fomos acordados de um sonho lindo para descobrir que tínhamos vivido um pesadelo.

E eu fiquei pensando e pensando... refletindo e refletindo...

Um dia chequei a conclusão que de todas as coisas mais importantes que o ser humano tem, a que ele mais teme perder são as suas CRENÇAS.

Um homem pode transformar-se em uma besta quando suas crenças são ameaçadas.

Um santo pode ver sua humanidade cruamente retornar quando suas crenças são atacadas.

Ameaçar a crença de um homem é como ameaçar sua vida, seus alicerces, seus mais profundos sonhos, seu tudo.

Logo, depois de muito refletir olhei para mim mesmo e falei: “Ora, eu também tenho as minhas crenças. Onde elas estão?”

Assim, por dias, meses e anos a fio passei a procurá-las, persegui-las, estudá-las e dissecá-las. Quando então pude conhecê-las em número razoável, já convencido de que elas nada valiam, comecei por exterminá-las uma a uma.

Livre de muitas das crenças que haviam norteado minha vida até aquele presente momento, compreendi quão nefasto elas haviam sido para mim. Quão prisioneiro de mim mesmo havia me tornando. Quão escravo de meus sonhos e ideais eu era.

Por isso bendito amigo que lê minhas palavras, digo-te com meu coração: Não creia em nada e creia em tudo. Não creia em ninguém e creia em todos.

Não! Isso não é um paradoxo! Creia na possibilidade. Creia na semente. Creia no impossível que pode nascer do possível. Creia na raiz, creia no que está por vir. Creia, ainda sim, que em tudo e em todos há algo a ser extraído de puro e belo. Creia que do mal pode nascer o bem e que do bem pode nascer o mal. Creia que do feio pode nascer o belo. Creia que do impuro e imperfeito pode nascer o puro e perfeito. Creia nos seres sagrados, na caminhada que fizeram e em suas mensagens que tornaram menos duro o mundo no qual vivemos.

Porém, não creia nas palavras vazias desprovidas de fatos. Não creia nos discursos inflamados dos grandes líderes, que cheios dos grandes planos são incapazes de respeitar e amar o pequeno e insignificante. Não creia naqueles que falam de amor, porém desconhecem o carinho, a ternura e a tolerância. Não creia em doutrinas espirituais, em instrutores ou mestres, porque nenhum deles poderá dar-te o conhecimento sagrado a não ser que tu mesmo o construas.

Por fim, caro e bendito amigo que lê essas palavras de alguém insignificante e imperfeito. Aqui, mais do que nunca, vale a velha fórmula: creia em teu coração, creia em tua consciência, creia na voz silenciosa que te guia. Creia na verdade e nos corações puros. Creia na força da humildade. Creia na possibilidade da redenção. Creia no infinito que a tudo permeia e na possibilidade de se construir o CAMINHO SAGRADO, teu próprio CAMINHO que a mais ninguém pertence e que a mais ninguém pode ser útil."

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

As consequências da riqueza mundana

Em Savatthi, sentado a um lado, o Rei Pasenadi de Kosala disse para o Abençoado Budha:

“Agora mesmo, venerável senhor, enquanto eu estava só em isolamento, o seguinte pensamento surgiu na minha mente: ‘Poucas são aquelas pessoas no mundo que, ao obterem muita riqueza, não se tornam embriagadas e negligentes, que sem ceder à cobiça pelos prazeres sensuais não tratam mal os outros seres. Em muito maior número são aquelas pessoas no mundo, que ao obterem muita riqueza, se tornam embriagadas e negligentes, cedem à cobiça pelos prazeres sensuais e tratam mal os outros seres.’”

“Assim é, grande rei! Assim é!”

O Budha em seguida repete aquilo que o Rei Pasenadi disse e adiciona o seguinte verso:

“Enamorados pelos prazeres e riqueza,
cobiçosos, deslumbrados pelos prazeres sensuais,
eles não se dão conta que foram longe demais
como o gamo que cai na armadilha.
Mais tarde o fruto amargo será deles,
pois deveras ruim é o resultado.”


quinta-feira, 31 de julho de 2008

A ATMOSFERA MÍSTICA

Olá.

Continuando a explorar o tema da importância da mística no caminho espiritual, adiciono mais um texto que trata desse assunto.

"Normalmente, nas pessoas mundanas e cheias de vícios e até mesmo em pessoas que freqüentam escolas espirituais que não ensinam a verdadeira gnosis , a mente é escura e tenebrosa e com ela comete todo tipo de delitos e viola as leis universais. Essa classe de mente gera átomos pesados, átomos escuros, átomos infernais que TORNAM a pessoa cada vez mais "tamásica", pesada, densa, escura, e por lógica, cheia de sofrimento, cheia de dúvidas, cheia de medos, cheia de ceticismo, cheia de confusões e cheia de incertezas; em conclusão, é uma pessoa terrivelmente escura e muito amargurada, pois seu próprio Satã a domina e lhe fala.

Em uma pessoa assim, não há mística, não existe mística; só há medos, confusão e desconfiança, que são átomos pesados que enchem sua atmosfera, enchem sua vida, rodeiam seu meio ambiente, a seu redor.

Desse ambiente se alimenta a pessoa, desse meio se nutre cada pessoa e obviamente está alimentando-se de comida pesada, alimento tóxico para sua alma, para sua consciência, sua essência.

Com um meio ambiente assim pesado, com uma vida assim escura, não há mística, não há átomos divinos angelicais que o alimentam bem, só existem toxinas, venenos e lixo que adormece mais sua alma, sua consciência.

Agora, quando a mente se limpa, quando há morte de eus, morte das debilidade humanas, morte dos defeitos, então a mente começa a gerar e produzir átomos divinos provenientes do Logos Mercúrio do plano mental superior, plano da mente universal e assim vai recebendo força e átomos divinos do Logos.

A mente se converte de mente escura a mente-luz , de mente pesada a mente leve, mente desocupada, mente que gera mística.

O ambiente dessa pessoa muda radicalmente, o mundo mental, o mundo físico, o mundo astral e o mundo que a rodeia muda radicalmente, totalmente, convertendo-se em um mundo divinal que gera e produz átomos de mística mental, átomos que alimentam a consciência, a alma e a espiritualidade constante.

O solo psicológico dessa pessoa é santo, o mundo psicológico deste iniciado é mística santa, o mundo emocional deste cavalheiro é santidade, o mundo mental e o mundo causal se enchem de átomos de mística santa, mística humilde que envolvem o iniciado.

Estes átomos se posicionam em seus santos pés, em suas costas, em sua cabeça, em suas mãos, em sua cintura; o envolvem, o cobrem, o alimentam e se move dentro da aura da mística divina; então se sucedem muitos fenômenos extraordinários nesta pessoa que respira santidade, respira mística e exala mística e santidade.

Porque alguns podem flutuar em estado de jinas ? Porque alguns podem sair em astral totalmente conscientes ? Porque alguns tem experiências extraordinárias ? Porque alguns saboreiam os átomos do Nirvana ?

Simplesmente porque respiram santidade e exalam santidade.

Se algum santo e perfeito anacoreta observar uma pessoa desta classe, veria que seus pés, suas mãos, sua cintura, suas costas, seus joelhos, seus cabelos e seus ombros estão cheios de átomos de muitas cores, uns vermelhos, outros verdes, outros amarelos, azuis, cinzentos, alaranjados, todos eles são santidade e mística unidas em um mundo mental e mundo astral que a pessoa gerou por sua morte de eus e por sua mística desenvolvida e sua santidade perfeita.

Se existisse aparelhos de alta tecnologia que pudessem examinar um perfeito místico e santo, seria fantástico e assombroso o que os cientistas descobririam em uma pessoa com estas qualidades morais e espirituais.

Poderiam observar que esses átomos de diversas cores estão constituídos de força monádica e são eternos, não morrem.

Observariam estes cientistas que todos esse maravilhosos átomos rodeiam e nutrem o místico de conduta perfeita e esses átomos o mantém em uma dimensão superior.

Bem sabemos que a mônada é altamente espiritual, cem por cento mística e totalmente humilde; essa é a natureza dos átomos do Adepto.

A conduta do Adepto deve ser igual a natureza da Mônada, em condição e estado."



sábado, 28 de junho de 2008

Amor e Compaixão


Bom dia a todos.

Para começar o dia inspirado, estou postando aqui no blog esse texto que encontrei nesses dias na internet. É um texto que exala muita mística e nos motiva a melhorar a nossa conduta no dia-a-dia, buscando sempre a trilha espiritual do autoconhecimento.

Paz infinita!

"Reflita e estude esta cátedra durante toda a tua vida. É muito importante que a realizes, pratiques e faça carne e sangue em teu comportamento diário, com fatos, fatos reais, nada de teorias nem falsas promessas.

Dentro do coração do Logos há 4 leis:

1. Lei do Amor: Ela nos desperta Donzelas.
2. Lei da Santidade: Ela nos desperta Mística.
3. Lei da Humildade: Ela nos desperta Luz Interior.
4. Lei da Compaixão: Ela nos desperta Intuição.

Cada uma dessas leis está num ventrículo e num aurículo. A cada batida, a cada dilatação e contração do coração se expandem ao Cosmo duas leis em dilatação e duas leis em contração.Ou seja: em diástole, duas leis: amor e santidade. Em sístole ou contração, duas leis: humildade e compaixão. Sempre foi assim. Sempre será assim - no Cosmo e na pessoa.

Devemos desenvolver a compaixão para com nossos amigos, nossos inimigos, nossos conhecidos e também os desconhecidos. Isso é necessário e urgente. Essa é a Lei do Logos, do Cristo. É necessário que cada um realize essa meditação. Por agora, podem fazer por 8 dias, mas o ideal é que se faça por toda a vida. Este exercício despertará o amor e a compaixão para com nossos semelhantes.

Demonstremos compaixão para com todos, todos, não importa o mal que nos hajam feito - só amor e compaixão a todos.Amemos, tenhamos compaixão para com nossos amigos que nos criticam. Amemos aos que nos insultam. Amemos aos que nos odeiam e a todos que foram falsos para conosco; só amor e compaixão. Devemos amá-los, dar amor e ter compaixão. Essa é a Lei do Logos, do Cristo. Devemos fazer isso - é necessário, para não dizer obrigatório.

Estás buscando luz própria? Comece por aqui mesmo, amado meu. Tua conduta deve ser amor e compaixão. Nossa lei é amor e compaixão. Nada de teorias, só fatos; vivenciá-los deve ser nossa conduta diária. Não se esqueça. Não existe outra lei. Não há outra maneira. Em tua casa, com tua esposa e filhos, amor e compaixão. Com teus amigos e inimigos, amor e compaixão.

Se alguém te critica, se falam mal de você, diga-lhes: Benditos sejam, benditos sejam, benditos sejam. Que meu amor encha vossos corações. Que toda vossa obscuridade se transforme em luz e se torne bondade. Benditos sejam. OM SEJA!Todos devem responder assim aos inimigos, com amor e compaixão. Sempre.

Pratique isso com tua esposa em teu lar, com tua família, teus vizinhos e conhecidos. Só assim conquistarás a luz.
Devemos expandir compaixão, bondade, humildade, santidade, castidade e muita mística.Esta é a lei. Esta é e deve ser a tua vida, tua obra e teus pensamentos."

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Dia 27

Hoje, dia 27, o dia dos Mestres, estarei participando da santa missa gnóstica. Antes de me recolher em meditação, gostaria de fazer um pequeno esclarecimento:

Esse meu pequeno espaço, chamado blog do autoconhecimento, foi aberto com a intenção de buscar a todo momento, ferramentas que possam nos ajudar a alcançar o autoconhecimento. Aqui, temos espaço aberto para os ensinos gnósticos do bem amado Mestre Samael, para textos budistas e cristãos, quarto caminho, etc. Tudo o que for importante, em minha opinião, para o encontro pessoal com a iluminação e o autoconhecimento, será disponibilzado neste espaço.

Se, por ventura, em algum post, o assunto Ernesto Barón e CEA for colocado em pauta, se deve ao fato de que, por mais que eu não goste, esse assunto acaba vindo à tona. Afinal de contas, passei muitos anos dentro do CEA, anos sofridos e lamentados, e, por consequência, lições foram aprendidas.

Tentarei, na medida do possível, tratar desse assunto somente no campo doutrinário, evitando ataques pessoais. Obviamente, apesar de todo sofrimento, o assunto Ernesto e CEA deve ser tratado apenas para esclarecer pontos da doutrina gnóstica e do caminho espiritual, mostrando o quanto podemos sofrer quando escolhemos caminhos equivocados.

Humildemente, espero poder dar conta do recado.

Feliz de 27 para todos!

Bendito seja o Mestre Samael.

Paz Inverencial.

Mitomania por Samael Aun Weor

Olá a todos.

Depois de um bom tempo sem acrescentar nenhum conteúdo ao meu blog, retorno com um texto gnóstico do Mestre Samael, que fala sobre a mitomania.

Paz a todos!

"Quero referir-me, sem rodeios, à mitomania, tendência muita marcada entre pessoas afiliadas a diversas escolas de tipo metafísico.Sujeitos aparentemente muito simples, da noite para o dia, depois de umas quantas alucinações, convertem-se em mitômanos.

Inquestionavelmente, tais pessoas de psique subjetiva quase sempre logram surpreender muitos incautos que, de fato, se fazem seus seguidores.O mitômano é como um paredão sem alicerce; basta um leve empurrão, para convertê-lo em miúdo sedimento.O mitômano crê que isto de ocultismo é algo assim como soprar e fazer garrafas e, de um momento para o outro, declara-se Mahatma, Mestre Ressurrecto, Hierofante, etc.O mitômano tem, comumente, reclamações impossíveis; sofrem, invariavelmente, disso que se chama delírios de grandeza.

Essa classe de personagens costuma apresentar-se como reencarnação de Mestres ou de heróis fabulosos, legendários, fictícios.Entretanto, é claro que estamos dando ênfase sobre algo que merece ser explicado.

Centros egóicos da subconsciência animalesca que, nas relações de intercâmbio, seguem determinados grupos mentais, podem provocar, mediante associações e reflexos fantásticos, algo assim como espíritos que, quase invariavelmente, são só formas ilusórias, personificações do próprio eu pluralizado.

Não é, pois, estranho que qualquer agregado psíquico assuma forma jesuscristiana, para ditar falsos oráculos...

Qualquer destas tantas entidades, que, em seu conjunto constituem isso que se chama ego, pode, se assim o quiser, tomar forma de Mahatma ou Guru e, então, o sonhador, ao voltar ao estado de vigília, dirá de si mesmo: "Estou auto-realizado! Sou um Mestre!"

Deve-se observar a respeito que, de todos os modos, no subconsciente de toda pessoa, acha-se latente a tendência à tomada de partido para a personificação. Este é, pois, o clássico motivo pelo qual muitos gurujis asiáticos, antes de iniciar seus discípulos no magismo transcendental, previnem-nos contra todas as formas possíveis de auto-engano.

Não é tão fácil Despertar Consciência. É necessário liberar a Essência, tirá-la de seus habitáculos subconscientes; destruir tais habitáculos; transformá-los em pó. Este é um processo gradativo, muito lento, penoso, difícil. Conforme a Essência vai se liberando, a porcentagem de Consciência vai aumentando.

Os humanóides intelectuais, equivocadamente chamados homens, possuem, em verdade, tão só uns três por cento de Consciência; se tivessem sequer uns dez por cento, as guerras seriam impossíveis sobre a face da terra.

A Essência primigênia que se libera ao iniciar-se o processo do morrer é inquestionável que se converte na Pérola Seminal, esse ponto matemático da Consciência, citado pelo Evangelho do Tao. Assim se inicia o Mistério do Áureo Florescer.

O mitômano se presume de iluminado, sem haver liberado a Essência, sem possuir, nem sequer, a Pérola Seminal. As pessoas de psique subjetiva são utópicas cem por cento; supõem, equivocadamente, que se pode ser iluminado sem haver logrado a morte do ego de forma radical e definitiva. Não querem entender essas pessoas que, havendo auto-aprisionamento, a iluminação objetiva, autêntica é completamente impossível.

É óbvio que, quando a Essência está engarrafada no eu pluralizado, existe o auto-aprisionamento. A Essência engarrafada só funciona de acordo com seu próprio condicionamento.

O ego é subjetivo e infra-humano. É ostensível que as percepções que a Essência tenha através dos sentidos do eu pluralizado, resultem deformadas e absurdas. Isto nos convida a compreender o difícil que é chegar à iluminação verdadeira, objetiva.

O preço da iluminação se paga com a própria vida. Na terra sagrada dos Vedas, há chelas-discípulos que, depois de trinta anos de intenso trabalho, encontram-se tão só no começo, no prólogo de seu trabalho.

O mitômano quer ser iluminado da noite para o dia; presume-se de sábio, crê-se um Deus.”

(V.M Samael Aun Weor)

sábado, 21 de abril de 2007

COMPAIXÃO


NENHUM SER HUMANO PODE ENCONTRAR A FELICIDADE ENQUANTO A SEU LADO EXISTIR O SOFRIMENTO DE OUTROS SERES !

Sim, porque como provavelmente é claro para a maioria das pessoas, tudo o que o ser humano faz, atrás do que corre, em troca do que ele acaba desgastando sua vida, nada mais é do que a busca da felicidade, da tentativa de ser feliz neste mundo. E para isso ele não mede esforços. Nada vê à sua frente. Abre mão de inúmeras coisas em troca de outras que ele, sabe lá por qual critério, definiu como sendo aquilo que o conduzirá à felicidade. No entanto, à medida que vai conseguindo todas essas coisas, percebe que a tão sonhada felicidade não acontece, e então passa a desejar outras, e outras, e outras, e assim indefinidamente. E nesse processo, enquanto corre desesperadamente atrás da felicidade, quantas pessoas, animais, plantas, e o seu próprio meio ambiente ele sacrifica. Nada que estorve seu projeto pode ficar no caminho. E ele a tudo afasta, sem se preocupar com o que está fazendo, e muito menos com as conseqüências do que está fazendo, para si e para os outros.

A felicidade só poderia realmente existir se todas as pessoas, todos os seres, pudessem participar dela. Se cada ser humano, cada animal, cada planta, cada mineral, são todos parte de uma única Essência Cósmica Universal, tudo o que acontece a uma dessas partes, reflete no Todo. Assim, se somente alguns seres promovem o bem para si, esquecendo os demais, estão apenas acentuando o desequilíbrio da Grande Engrenagem do Universo. Para que fosse possível a ocorrência da felicidade, esta deveria abranger todos os seres, quando então não haveria qualquer tipo de desequilíbrio ou desarmonia.

As pessoas sonham coisas diferentes. Portanto, para falar em felicidade, devemos sair do âmbito do material. Felicidade tem que ser algo comum a todos. Nesse sentido, não pode estar ligada a coisas materiais, mas sim e tão somente ao processo de auto-desenvolvimento do indivíduo, quando então cada ser descobre efetivamente a sua Essência Divina, e a partir daí lhe são reveladas as leis que deverão nortear, a partir de então, seus pensamentos, atitudes e ações. Essas leis é que são comuns. E só a partir de objetivos comuns, e leis comuns a todos, é que pode haver uma só direção, é que todos podem chegar ao mesmo lugar.

O QUE É COMPAIXÃO ?

A partir do enfoque aqui apresentado com relação ao conceito de Felicidade, vamos tratar agora do conceito de Compaixão.


Muita gente, talvez a maioria das pessoas, confunde compaixão com pena. Mas uma coisa não tem nada a ver com outra.


Sentir pena de algum ser ou do que quer que seja, significa que estamos nos sentindo numa condição superior à daquele ser, no sentido de que nos encontramos em uma situação melhor do que a dele, por não estarmos passando pelo mesmo sofrimento que ele vive naquele momento. E nesse caso, geralmente nos permitimos algum tipo de julgamento quanto a esse ser, ou mesmo quanto à situação que originou esse sofrimento.

Ter compaixão, no entanto, significa colocar-se incondicionalmente ao lado do outro, sem qualquer tipo de julgamento quanto à situação que ele está vivenciando, sem nenhum outro sentimento que não seja o de propiciar alívio à situação na qual aquele ser se encontra.

Compassividade é portanto um abrir incondicional do próprio coração, uma doação incondicional da própria energia, para que o outro ser consiga superar suas dificuldades, DESDE QUE ELE ACEITE RECEBER ESSA ENERGIA.

E é nessa linha que vamos apresentar algumas reflexões.

Na nossa atribulada vida diária, é comum nos defrontarmos com inúmeras situações infelizes, que até chegam a nos comover, e muitas vezes, chegar às lágrimas. Ficamos tão condoídos, tão amargurados, tão contritos com o que vemos, e nos aborrecemos tanto, ao ponto de ter o nosso dia comprometido.

No entanto, não fazemos absolutamente nada com relação ao fato que originou nossa reação. - ISSO É SENTIR PENA !


Julgamos, avaliamos, nos revoltamos, nos posicionamos, etc., e cruzamos os braços, e voltamos às nossas tarefas diárias, aos nossos compromissos, à nossa família, aos nossos afazeres, como se a vida pudesse continuar normalmente, apesar daquilo.


COMPAIXÃO NÃO É ISSO !

A compaixão exige de nós uma atitude, uma ação. Exige que nos coloquemos na situação em questão, e que nos ofertemos, ou a algo de nós mesmos, para que essa situação se resolva. Exige que estejamos presentes, que sejamos atuantes, que nos posicionemos.

Exige enfim a nossa DISPONIBILIDADE PARA OFERTAR ALGO DE NÓS MESMOS PARA QUE A SITUAÇÃO EM QUESTÃO SE RESOLVA, E QUE AQUELE SER NELA ENVOLVIDO POSSA FINALMENTE SAIR DAQUELE PROBLEMA.


SERÁ QUE ALGUMA VEZ PARAMOS PARA AVALIAR AS COISAS DESSA MANEIRA ?

Talvez não, porque isso provavelmente nos incomodará terrivelmente. Por que? Porque exigirá que saiamos do nosso comodismo, da nossa indiferença, do nosso descompromisso, da nossa " piedade descomprometida ", que não leva a nada, a não ser ao fortalecimento do nosso ego, porque então pensamos: Como somos bons ! Sentimos pena ! Somos capazes de nos comover ante o sofrimento do outro ! O mundo não precisa das nossas lágrimas. Ele já as tem demais ! Mas há ainda um outro aspecto relativo à compaixão: é a comunhão com o sofrimento do outro.

É o estabelecer uma sintonia energética, que nos torne capazes de realmente dividir com o outro suas dores, não no sentido de entrarmos nós naquela energia de sofrimento, mas de criar um cordão energético que puxe o outro para fora de sua dor.

É exatamente por isso que a compaixão exige de nós uma ação. Porque procurando sentir o sofrimento do outro, a ação para procurar resolver a situação acaba surgindo naturalmente. Aqui é importante ressaltar a atitude daquele para o qual ofertamos o auxílio, que deverá ser a sua atitude pessoal de busca. A pessoa precisa querer ser ajudada, precisa querer reagir, caminhar.

Precisa estar disposta a abrir-se também, para receber a energia do outro. Essa abertura é fundamental. Sem ela, nenhuma ação efetiva é possível, ou melhor, essa ação até pode ocorrer no âmbito externo, mas jamais atingirá o ser interior, que é exatamente aquele que pode LEVANTAR-SE E CAMINHAR !

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Biografia do Mestre Samael - Um resumo


Samael Aun Weor é o nome espiritual de Victor Manoel Gomes Rodriguez, nascido na cidade de Bogotá, Colômbia, em 06 de Março de 1917.

O Mestre Samael foi possuidor de faculdades superiores e desde muito cedo demonstrara talentos e capacidades incomuns, tais como a de lembrar-se de suas vidas e sair conscientemente do corpo. Conta-se que desde criança expressava uma espiritualidade incomum e já aos dois anos se sentava em meditação.

Suas inquietudes levaram-no a perscrutar as mais importantes escolas filosófico-esotéricas do passado e ao final de sua juventude já havia estudado os ensinamentos de dezenas de escolas espirituais, tais como o Espiritismo, Yoga, Rosa-Cruz e Teosofia. Nesta época estudou profundamente as obras de Gurdjieff, Ouspensky, Krum-Heller, Max Heindel, Eliphas Levi, Rudolf Steiner, Helena P. Blavatsky, dentre outros expoentes da sabedoria espiritual. Aos dezesseis anos ditava conferências de esoterismo puro; aprofundou-se em Psicologia, Antropologia, Cosmogonia, Filosofia, Esoterismo prático, Cristianismo primitivo, etc.

Por fim, insatisfeito com o labirinto das teorias a que conduz o vão racionalismo humano, renunciou ao mundo dos conceitos elaborados e se reduziu a si mesmo ao “zero radical”, e só desta forma veio a encontrar-se, segundo ele mesmo narra.

Em 1950, Samael Aun Weor (que até então assinava apenas “Aun Weor”) entregou ao público o livro “O Matrimônio Perfeito”, com o qual iniciou o Movimento Gnóstico Cristão Universal (MGCU), fundado no Brasil em 02 de Outubro de 1960. A grande maioria dos grupos e organizações relacionados à Gnose de Samael, têm caráter místico-científico e não possuem finalidades lucrativas. As atividades que promovem objetivam lutar pela regeneração do ser humano, elevando seu nível espiritual, moral, físico e intelectual. Dentre suas principais metas, está a divulgação dos ensinamentos que são apoiados na Ciência, na Mística, na Arte e na Filosofia, comumente entregues gratuita e didaticamente na forma de cursos de auto-conhecimento, disponíveis a qualquer pessoa, independente de nível cultural, social ou econômico.

O conteúdo de toda a mensagem de Samael Aun Weor está expresso em uma linguagem simples e objetiva, caracterizado por seu cunho prático e revolucionário. Essencialmente, propõe como método para o desenvolvimento espiritual do indivíduo, a intensa vivência dos 3 Fatores de Revolução da Consciência, que, segundo foi continuamente enfatizado por Samael, conduzem o ser humano à Liberação Final:

1) MORTE. (Eliminação dos elementos psicológicos indesejáveis, origem das fraquezas humanas, infelicidades, dores e erros, produzindo o Despertar da Consciência);

2) NASCIMENTO. (Criação através do exercício consciente do Amor e da Alquimia, veículos superiores que possibilitem investigar e comprovar as verdades cósmicas, além de desenvolver as faculdades latentes no homem); e

3) SACRIFÍCIO PELA HUMANIDADE. (Prática do altruísmo e da caridade, entregando desinteressadamente, gratuitamente e sem distinção, um ensinamento regenerador e multimilenar (Gnosis) às pessoas que anelam a Auto-Realização Íntima do Ser).

O Mestre Samael Aun Weor desenvolveu a maior parte de suas atividades na Colômbia e Cidade do México, onde veio a falecer na noite de Natal do dia 24 de Dezembro de 1977, deixando milhares de seguidores, estudantes e simpatizantes ao redor do mundo.

O V.M. Samael é o fundador do Gnosticismo Contemporâneo, doutrina que guarda relação direta com os ideais que nortearam as vertentes gnósticas surgidas nos primeiros tempos do cristianismo e cujas idéias encontram-se expressas nos textos apócrifos. Nas palavras de seus discípulos, Samael, além de haver encarnado todos os princípios espirituais que ensinou, soube sintetizar a essência do buddhismo e do cristianismo; decodificou a ciência alquímica; rasgou os véus dos mistérios sexuais e abriu as portas da antropologia esotérica que revela o elo perdido para unificar e conciliar todas as culturas e civilizações do passado e do presente, do Oriente e do Ocidente.

SAMAEL E SUA OBRA

A partir da concretização do MGCU, surgiram outras instituições criadas diretamente por Samael, sendo elas: A AGEACAC – Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Culturais, Arte e Ciência; o ICU – Instituto de Caridade Universal; a IGCU - Igreja Gnóstica Cristã Universal; e o POSCLA – Partido Operário Socialista Cristão Latino Americano (que nunca chegou a atuar diretamente).

Após a morte de Samael Aun Weor, estas instituições tornaram-se independentes, algumas delas sob a coordenação de seus discípulos mais próximos, que optaram por linhas de trabalho próprias. Surgiram várias derivações e ramificações das mesmas e atualmente, a Gnose Samaeliana é ensinada em todas as partes do mundo por inúmeras organizações autônomas.

Publicados em diversos países do mundo, somam-se mais de uma centena os livros atribuídos a Samael Aun Weor, sendo várias destas obras elaboradas a partir de transcrições de palestras e conferências ditadas por ele em diferentes épocas e lugares. Segundo teria afirmado o próprio Samael, sua obra está fundamentalmente representada pelos livros “O Matrimônio Perfeito”; “Tratado de Psicologia Revolucionária”, “A Grande Rebelião”; “Sim, Há Inferno. Sim, Há Diabo. Sim, há Carma.”; “As Três Montanhas” e “O Mistério do Áureo Florescer”, que oferecem todo o embasamento teórico de um ensinamento prático e completo para quem anele realmente aprofundar em seu mundo interior através da experiência e da comprovação direta.

Sua produção literária completa, em títulos originais e ordem cronológica é a seguinte:

01 - El Matrimonio Perfecto [1950]

02 - La Revolución de Bel [1950]

03 - Curso Zodiacal [1951]

04 - Apuntes Secretos de un Gurú [1952]

05 - Tratado de Medicina Oculta y Magia Prática [1952]

06 - Catecismo Gnóstico [1952]

07 - Conciencia Cristo [1952]

08 - El poder está en la cruz [1952]

09 - El libro de la Virgen del Carmen [1952]

10 - Las Siete Palabras [1953]

11 - Manual de Magia Práctica [1954]

12 - Tratado de Alquimia Sexual [1954]

13 - Rosa Ígnea [1954]

14 - Los Misterios del Fuego [1955]

15 - Significado Oculto de los Sueños [1955]

16 - Platillos Voladores [1955]

17 - Los Misterios Mayores [1956]

18 - El Magnus Opus [1958]

19 - La Montaña de la Juratena [1959]

20 - Nociones Fundamentales de Endocrinologia y Criminología [1959]

21 - Voluntad Cristo [1959]

22 - Tratado Esotérico de Teurgia [1959]

23 - Logos, Mantram, Teurgia [1959]

24 - El Mensaje de Acuario [1960]

25 - A los mil llegamos a los dos mil no! [1961]

26 - La Caridad Universal [1961]

27 - El Cristo Social [1961]

28 - Introducción a la Gnosis [1961]

29 - El Matrimonio Perfecto - ampliado y corregido [1961]

30 - Los Misterios de la Vida y de la Muerte [1962]

31 - Matrimonio, Divorcio y Tantrismo [1963]

32 - Gnosis en el Siglo XX [1963]

33 - Supremo Gran Manifiesto Universal del Movimiento Gnóstico (también publicado como Gran manifiesto gnóstico del 2o. año de Acuario) [1963]

34 - Mensaje de Navidad 1964-65: La Disolución del Yo [1964]

35 - Gran manifiesto gnóstico del tercer año de Acuario [1964]

36 - Las Naves Cósmicas [1964

37 - Transformación Social de la Humanidad [1965]

38 - Mensaje supremo de Navidad 1965 - 1966 (también publicado bajo los títulos La ciencia de la Música y El abuso Sexual) [1965]

39 - El Libro de los Muertos [1965]

40 - Plataforma del P.O.S.C.L.A. (Partido Obrero Socialista Cristiano Latino-Americano) [1967]

41 - Mensaje de Navidad 1966-67: El Collar del Buddha [1966]

42 - Tratado Esotérico de Astrología Hermética [1967]

43 - El libro de Liturgia - 1a. edición [1968]

44 - Mensaje de Navidad 1967-68: Los Corpos Solares y/o Sabiduría Gnostica [1968]

45 - Curso Esotérico de Kábala [1969]

46 - Mensaje de Navidad 1968-69: Curso Esotérico de Magia Rúnica [1969]

47 - Mensaje de Navidad 1969-70: Mi Regresso al Tibet [1969]

48 - Educación Fundamental [1970]

49 - El Mensaje de Navidad 1970-71: El Parsifal Develado [1970]

50 - Más allá de la muerte [1970]

51 - El Libro Amarillo [1971]

52 - Gran Manifiesto Gnóstico 1971 (también llamado Manifiesto Gnóstico del décimo año de Acuario) [1971]

53 - Mensaje de Navidad 1971-72: El Misterio del Aureo Florecer [1971]

54 - Los Planetas Metálicos de la Alquimia [1971]

55 - Gran Manifiesto Gnóstico 1972 [1972]

56 - Mirando al Misterio [1972}

57 - Mensaje de Navidad 1972-73: Las Tres Montañas [1972]

58 - Magia Crística Azteca [1973]

59 - Mensaje de Navidad 1973-74: Si, Hay Infierno; Si, Hay Diablo; Si, Hay Karma [1973]

60 - Mensaje de Navidad 1974-75: La Doctrina Secreta de Anahuac [1974]

61 - La Gran Rebelión [1975]

62 - El Libro de La Liturgia (II Edição) [1975]

63 - Mensaje de Navidad 1975-76: Tratado de Psicologia Revolucionaria [1975]

64 - Las respuestas que dió un Lama [1976]

65 - El Libro de La Liturgia GNÓSTICA (III Edição) [1976]

66 - Los Misterios Mayas [1977]


Obras Póstumas

67 - Antropologia Gnóstica [1978]

68 - Mensaje de Navidad de 1977-78: Tratado de Medicina Oculta y Magia Práctica (Ampliado y corregido) [1978]

69 - Tarot y Kábala [1978]

70 - Para los pocos [1980]

71 - La revolución de la Dialéctica [1983]

72 - El Pistis Sophia Develado [1983]

terça-feira, 10 de abril de 2007

SAMAEL AUN WEOR: O GRANDE MESTRE GNÓSTICO DO SÉCULO XX

Dia 27 de outubro a comunidade gnóstica mundial celebra o advento de Samael - o Quinto Anjo do Apocalipse - o Senhor do Quinto Raio - O Logos de Marte - o Décimo Avatar de Vishnu. Mas, afinal, quem é Samael? Quantos, de fato, conheceram (ou conhecem) Samael? Qual seu papel na história contemporânea? Quê influências suas idéias exercem e exercerão sobre a cultura, a ciência e a religião do novo milênio? Como pode a humanidade admitir que o Avatar de Aquário já veio e se foi de nosso convívio? Onde está Samael agora? Sendo o Avatar um abridor de caminhos e aplainador de terrenos para a vinda do Cristo ou de Vishnu, quando virá o Cristo da Era de Aquário? Estas são algumas das mais palpitantes questões que os esoteristas modernos estão buscando compreender.

Samael, no Talmud, Zohar e outros livros que comentam a Bíblia, é mencionado como um “Anjo Caído” (efetivamente, ele estava “caído” até o século passado, mas, para cumprir sua missão como Avatar da Era de Aquário, teve que levantar-se - e o fez magistralmente. Por isso, vale a pena conhecer sua vida e sua obra. (Porém, o que significa “levantar-se”?)

O Apocalipse o descreve como o Quinto dos Sete. No esoterismo mais profundo e autêntico, Samael é conhecido como o Logos Regente de Marte. Modernamente, podemos dizer que Samael é o Senhor do Quinto Raio.

Para aqueles que nunca ouviram falar de Samael torna-se necessário tecer alguns comentários acerca de sua obra e da sua missão terrena no século XX. Mesmo o leigo tem idéia de que é muito difícil a formação ou o nascimento de um Adepto ou Mestre de Sabedoria. E a maioria ignora que eles existem. Portanto, seguem valendo as perguntas: O que é um Mestre de Sabedoria? O que é “levantar-se”? [As respostas para essas perguntas v. encontra noutros textos, especialmente na seção "Iniciações"].

Mas, poucos, pouquíssimos são os que chegam ao nível de “Mestre de Sabedoria” -- e Samael Aun Weor foi um desses poucos. Por isso, a Ele foi confiada a transcendental missão de ser o Avatar de Aquário, o esperado KALKI AVATAR, Décimo Avatar de Vishnu, o abridor de caminhos para a vinda do próprio Vishnu ou do Cristo Cósmico na Era de Aquário.

O “Boddhisattwa” do Mestre Samael nasceu no dia 6 de março de 1917, no seio de uma família aristocrática em Bogotá, Colômbia, América do Sul. Foi batizado com o nome de Victor Manuel Gómez Rodríguez. Desde muito cedo demonstrou talentos e capacidades incomuns, como a de se lembrar de suas vidas passadas e a de se desdobrar em astral conscientemente.

Ao fim de sua juventude já havia passado por diferentes escolas espirituais, como espiritismo, yoga, rosa-cruz e teosofia. Sempre levou uma vida nômade. Bem cedo recebeu a chave secreta do GRANDE ARCANO – que é o segredo dos segredos para quem quer o CAMINHO INICIÁTICO.

Suas capacidades e sabedoria logo se tornaram marcantes. Ficou conhecido, no círculo esotérico de seu país, ao final dos anos 40, como “o jovem Mestre Aun Weor”. Falava com grande autoridade e todos que o escutavam sentiam a força que emanava de seu Ser.

Os que o conheceram pessoalmente naquela época, não podiam deixar de notar duas coisas: seu amor à humanidade e sua extrema humildade, embora fosse altaneiro (jamais orgulhoso ou soberbo) com os ricos e poderosos.

Em 1948 lhe foi revelado, no mundo espiritual, qual seria sua missão, conformada em três aspectos:

1)Formar uma nova cultura.
2)Forjar uma nova civilização.
3)Criar o Movimento Gnóstico.

Em 1950 é editado o primeiro livro do “jovem Mestre Aun Weor”. O trabalho que ele desenvolveu nessa época está bem detalhado no livro A HISTÓRIA DA GNOSE, escrito por seu primeiro discípulo, Julio Medina Vizcaino – Boddhisattwa do V. M. Gargha Kuichines.

Um trabalho tão grande, para a época e o país, não poderia deixar de provocar reações. E a tempestade apareceu em forma de perseguições, calúnias, traições, etc.

Em 1952, Aun Weor é preso sob a acusação de “curandeirismo”. Anos mais tarde, com a família (dois filhos pequenos e a esposa grávida do terceiro), teve que abandonar o país para não ser morto.

Cruzou o Panamá e os países da América Central parte a pé, parte pegando carona, até chegar ao México, onde viveu até desencarnar em 1977.

Em 27 de outubro de 1954, longe de tudo e de todos, outro acontecimento espiritual marca a vida de Aun Weor. No Templo Subterrâneo de Serra Nevada de Santa Marta, Colômbia, acontece o advento do Cristo Samael no Boddhisattwa Aun Weor.

Aun Weor alcançava a Quinta Iniciação Maior e passou a assinar seu nome espiritual de forma completa: SAMAEL AUN WEOR.

Dia 4 de fevereiro de 1962 iniciava-se, oficialmente, a Era de Aquário. Graças a um excelente trabalho desenvolvido por vários de seus discípulos, nessa época os livros do Mestre Samael Aun Weor já estavam sendo distribuídos e circulavam por diversos países da América do Sul. O número de adeptos já somavam vários milhares.

A década de 70, especialmente, foi muito fecunda para o Mestre Samael Aun Weor. Além de haver escrito suas mais notáveis obras, criou também diversas novas instituições, abrangendo assim os principais segmentos sociais. O cronograma oficial das obras do Mestre Samael Aun Weor encontra-se aqui, nesta seção [ver A OBRA ESCRITA].

Dentre as diversas instituições criadas diretamente pelo Mestre Samael Aun Weor, está a plataforma de um partido político, o POSCLA – Partido Operário Socialista Cristão Latino Americano; um instituto de caridade, o ICU – Instituto de Caridade Universal; a Igreja Gnóstica Cristã Universal – IGCU - e uma instituição cultural – a AGEACAC.

Em complemento a todo esse gigantesco trabalho, foram organizados e realizados diversos Congressos Mundiais, que chegavam a reunir mais de 3.000 (três mil) participantes.

Toda essa larga trajetória de realizações bem sucedidas foi interrompida 90 dias antes da noite do Natal de 1977. Iniciava-se aí seu processo iniciático final, e, na noite de 24 de dezembro de 1977, ocorreu o desencarne do Mestre Samael Aun Weor. Terminava assim, em noite memorável, sua vida de sacrifícios e a Primeira Etapa de sua vida mística, de sua obra e de sua missão.

Hoje, o Kalki Avatar da Era de Aquário vive como Mestre Ressurrecto no Tibet junto a inúmeros outros Mestres de Sabedoria que formam a Muralha Guardiã do Mundo. E, como outros seres dessa envergadura, periodicamente, realiza missões em diferentes partes do mundo, anonimamente.

Por havermos acompanhado parte de toda essa história, sabemos diretamente que o Mestre Samael não foi um simples escritor esotérico, nem foi, simplesmente, um estudioso do hermetismo, ou, tampouco, o criador de mais uma simples seita, como querem os eternos detratores da Divina Gnose.

Samael, além de haver encarnado todos os princípios espirituais que ensinou ao mundo no Século XX, soube também sintetizar a essência do buddhismo e do cristianismo; decodificou a ciência alquímica; rasgou os véus dos mistérios sexuais e abriu as portas da antropologia esotérica que nos dá o elo perdido para unificar e conciliar todas as culturas e civilizações do passado e do presente, do Oriente e do Ocidente.

Assim como Deus se esconde em sua própria Creação, também o Kalki Avatar da Era de Aquário se oculta em sua própria obra. Porém, para alguns dos eternos inimigos da divindade, Samael Aun Weor é apenas o criador de uma das mais destrutivas seitas do século XX.

Por paradoxal que pareça aos olhos dos não-iniciados, o Movimento Gnóstico iniciado por Samael é a única escola autenticamente iniciática que restou à humanidade aqui no Ocidente. Seus livros abordam de forma escancarada todo o processo de cristificação do ser humano que anela a autêntica Iniciação Branca.

Paz Inverencial!

Gnose é autoconhecimento!

Gnose é o substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer.

Gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné, seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.

Em filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião", enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.

A gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele conhecimento que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua Essência Eterna e maravilhosa.

O objeto do conhecimento da Gnose é Deus, ou tudo o que deriva dEle. Toda gnose parte da aceitação firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "Conhecer" significa ser e atuar, na medida do possível ao ser humano, no âmbito do divino. Por isso, "conhecer" implica a salvação de todo o mal (Ego) em que possa estar imerso o homem que venha a possuir esse "conhecimento".

Gnose é ao mesmo um conceito religioso e psicológico, além de científico, filosófico e artístico. A partir desta visão, o significado da vida aparece como uma transformação e uma visão interior, um processo ligado ao que hoje se conhece como psicologia profunda.

O desejo e as tentativas de conseguir amor e felicidade são a saudade inesgotável do Pleroma, ou seja, da Plenitude do Ser, que é o verdadeiro lar da alma. O desejo desse "conhecimento" é uma nostalgia das origens e procede de um original anelo humano de alcançar a Unidade, do desejo natural, perrene e universal, de fusão do homem com o Ser, do qual acredita ter sido originado.

A Gnose é o comportamento religioso que traduz esta profunda e dolorosa sensação que sentem os homens e mulheres pela separação dos pólos humano e divino. É, no fundo, uma tentativa de compreensão das relações entre o homem e a divindade.

Para Jung, muitos gnósticos nada mais eram do que psicólogos. "A gnose é, indubitavelmente, um conhecimento psicológico, cujos conteúdos provêm do inconsciente. Ela chegou às suas percepções através de uma concentração da atenção sobre o chamado "fator subjetivo" que consiste, empiricamente, na ação demonstrável do inconsciente sobre a consciência. Assim se explica o surpreendente paralelismo da simbologia gnóstica com os resultados a que chegou a psicologia profunda".